sábado, 8 de fevereiro de 2014

A sociedade e as minhas dúvidas

Chegou ao fim mais uma semana, sim só hoje é que foi o início do meu descanso semanal, uma vez que as minhas aulas só terminam sábado ao almoço!

Ontem mais uma vez senti compensado o esforço. A minha apresentação do trabalho que estive a fazer todas as noites desta semana correu bastante bem. O professor gostou e achou que conseguimos responder a todas as questões de forma clara e correta. Tudo vale a pena quando reconhecem o nosso trabalho! É incrível como passamos de um sentimento de cansaço, atrevo-me mesmo a dizer exaustão, para um sentimento de dever cumprido e orgulho do que temos vindo a fazer.

Hoje depois das aulas vim até à minha terra natal e pus-me à conversa com o meu irmão (mais velho). Falámos sobre a questão do que quero para mim, para o meu futuro.  No contexto em que tenho trabalhado imenso, dado demasiado de mim à empresa que por sinal decidi me despedir e à minha pós-graduação. Não ponho em causa a ideia de dar menos de mim a esta empresa só porque vou sair. Visto que na minha perspectiva se é para fazermos as coisas tem que ser bem feitas e gosto de deixar a ideia de que sou boa profissional e que faço um bom trabalho, independentemente das circunstâncias.
Ele falou na questão de ter filhos e de dar mais valor à minha futura família. Questionou-me o que era para mim mais importante. O trabalho e/ou carreira ou uma relação estável, filhos e família. Na hora, sem pensar, a minha resposta foi o meu trabalho, a minha carreira. Neste momento sinto que a minha prioridade número um é o meu sucesso profissional, o meu desempenho e as metas que pretendo atingir. Ainda estou um pouco confusa e sem algumas respostas no que diz respeito ao que fazer, se devo apostar no meu negócio, se devo apostar numa empresa que realmente me dê possibilidades de crescer e de gostar daquilo que faço. Sim, porque não gostava, nem quero, ter que voltar trabalhar para alguém numa área que não me dê qualquer gosto nem ache que seja um desafio constante para mim. Sem dúvida que quero muito ter sucesso, se isso implicar ter que trabalhar imenso, abdicar de certas coisas, neste momento para mim tudo bem, aceito! 
Não digo que daqui a uns anos não possa mudar a minha visão das coisas, mas neste momento é isto que tem mais valor para mim. Serei a única?!? Não é normal uma mulher querer ter sucesso, conseguir atingir objectivos profissionais altos?!? Eu acredito que um homem possa ter mais a vocação para cuidar da família do que determinadas mulheres. Será muito mau, se eu sentir que o meu lado numa família, numa relação é mais o típico lado masculino?!?
Fica a questão no ar... Será que nós mulheres temos que continuar a seguir o estereótipo habitual? Aquele em que as mulheres têm que receber menos e cuidar da casa? Não poderá ser ao contrário?!?

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